Hoje no
''Discursos Famosos'' vamos ter um gênio do cinema mudo Charlie Chaplin, mas
ai a muitos se pergunta por que Chaplin? Os fãs provavelmente sabem do que eu
estou falando, mas muitas pessoas não tem conhecimento sobre o discurso que
Chaplin fez no filme o Grande Ditador, mas aqui além de você ver o discurso com
a voz do próprio Chaplin, também vou postar o discurso em texto, vou falar um
pouquinho sobre o filme e também falar um pouco de Charlie Chaplin.
Filme
The Great Dictator (br /
pt: O Grande Ditador) é um filme estadunidense de 1940, do gênero comédia
dramática e sátira crítica, dirigido por Charles Chaplin.
Foi lançado em 15 de
outubro de 1940 e satiriza o nazismo, o fascismo e seus maiores propagadores,
Adolf Hitler e Benito Mussolini. Foi o primeiro filme falado de Chaplin também.
Na ocasião de seu lançamento, os Estados Unidos ainda não tinham entrado na
Segunda Guerra Mundial.
Sinopse
Em meio a Segunda Grande
Guerra Mundial, judeus estavam sendo esmagados pelo preconceito alemão.
Chaplin, genialmente, interpreta os dois protagonistas da história: o ditador
Adenoid Hynkel (em clara referência a Hitler) e o barbeiro Judeu. Irônico e
atrevido, este filme lhe causou sua expulsão dos Estados Unidos, mas criou
também uma obra-prima única com uma das melhores mensagens anti-guerra já
transmitidas ao homem.
Discurso
Assunto
Chaplin fala dos direitos
humanos no contexto da Segunda Guerra Mundial
Discurso
em texto
"Sinto
muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo
governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível –
judeus, o gentio... negros... brancos.Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos! ( segue o estrondoso aplauso da multidão ).
Então, dirige-se a Hannah :
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos!."
Discurso em vídeo
Saiba um pouco mais sobre Charlie Chaplin
Sir
Charles Spencer Chaplin, KBE, mais conhecido como Charlie Chaplin (Londres, 16
de abril de 1889 — Corsier-sur-Vevey[1], 25 de dezembro de 1977), foi um ator,
diretor, produtor, humorista, empresário, escritor, comediante, dançarino,
roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos da era do
cinema mudo, notabilizado pelo uso de mímica e da comédia pastelão. É bastante
conhecido pelos seus filmes O Imigrante, O Garoto, Em Busca do Ouro (este
considerado por ele seu melhor filme), O Circo, Luzes da Cidade, Tempos
Modernos, O Grande Ditador, Luzes da Ribalta, Um Rei em Nova Iorque e A
Condessa de Hong Kong.http://pt.wikipedia.org/wiki/Charlie_Chaplin
Nenhum comentário:
Postar um comentário