Hoje
vamos falar sobre um sentimento que todos sentem durante alguma parte da vida:
a raiva.
A raiva é um sentimento que pode ser ruim,
porque quando estamos com esse sentimento, poucos querem se aproximar e também
acabamos ofendendo pessoas que gostamos com essa ira toda, mas também a raiva
pode ser um sentimento de defesa, muitas pessoas aceitam situações de
humilhação quieto e não liberam esse sentimento e acaba sofrendo do mesmo
jeito. Conheça um pouco mais sobre a raiva no texto da psicóloga clínica Flávia
Leão Fernandes, Mestre em psicologia pela Universidade de Londres.
Sentimento de
raiva pode prejudicar
É normal
sentir raiva. A raiva é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou
frustração, contra alguém ou alguma coisa, que as pessoas demonstram quando se
sentem ameaçadas.
Varia de intensidade e de pessoa para pessoa, podendo ser uma simples irritação ou uma demonstração de fúria. A maneira como cada pessoa interpreta um fato corresponde ao modo com que ela percebe o mundo e a si mesmo.
O sentimento de raiva tem origem na ideia de que fomos injustiçados ou maltratados, tendo como base vivências do passado. Se no passado a pessoa foi muito maltratada ou punida, há uma tendência de se manter "alerta" contra futuras ameaças, de maneira desproporcional ao evento. Torna-se conhecida como uma pessoa de "pavio curto" e suas explosões são uma tentativa de se proteger do que acredita ser uma agressão.
Quando são muito frequentes, ou intensas, ou mesmo quando ausentes, podem ser um problema para as relações sociais e para a saúde física. Por outro lado, há as pessoas que se sentem incapazes de reagir frente a uma situação de maltrato, podendo gerar sentimentos de frustração e de depressão.
Na raiva, como em todos os estados do humor, há alterações no comportamento e no funcionamento físico. Em nossa sociedade, a raiva ou irritação é até mesmo confundida com determinação.
Estudos comprovaram que expressões de raiva transmitem a impressão de que o raivoso é uma pessoa mais competente. Grande engano, é só impressão. A maior competência é na verdade, para desenvolver doenças, principalmente as do coração.
Janice Willians, pesquisadora da Universidade da Carolina do Norte, EUA, estudou durante seis anos o comportamento de 13 mil homens e mulheres com idade entre 45 e 64 anos. Classificou as pessoas em níveis de alta, média e baixa disposição à raiva. As com alta tendência, que se irritam com frequência, possuem três vezes mais possibilidades de sofrer infarto que as pessoas que enfrentam as dificuldades com mais tranquilidade.
Significa dizer que o sentimento frequente de raiva é tão ruim para o coração como fumar, comer muita gordura saturada, engordar e não fazer exercício físico. Pode também causar distúrbios no aparelho digestivo, sem dizer que pode ser considerado um desequilíbrio psicológico.
O comportamento agressivo do raivoso pode se expressar através de violência verbal e até mesmo através de violência física. Quem dá vazão ao sentimento de raiva, apenas para se libertar dele, como uma evidente prova de desequilíbrio emocional pode se dar mal, pois não é possível prever como isso irá terminar.
O trânsito é na atualidade, uma fonte que parece instigar a ira de motoristas uns contra os outros e contra os pedestres. Não raro temos notícias de motoristas que se matam por fatos banais.
O mês de agosto é conhecido como o mês do "cachorro louco". A raiva canina é uma doença cruel para o animal, pois leva à morte. A vacina aplicada como prevenção e na hora certa é a solução. Pena que a raiva psicológica das pessoas não possa ser combatida de forma tão eficaz e simples.
É sempre bom lembrar que "a resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura sucita a ira".
Os amigos e seu próprio corpo agradecem!
Por:
Flávia Leão Fernandes
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade.
CRP 06/68043 Psicóloga clínica, Mestre em Psicologia pela Universidade de Londres, Inglaterra e especialista em Psicologia Hospitalar com enfoque em obesidade.
"Estudos comprovaram [...]"
ResponderExcluirótimo texto! Você encontra textos muito bons!
Este trecho mostra o que o mundo faz hoje: tenta minimizar ou disfarçar uma coisa ruim achando que assim ajuda... Ou protege.
Atenção! Respire fundo.